3/15/2007

29 - Ler pelo menos 45 livros

É o oitavo livro do ano que eu leio. Poderia estar mais avançado, mas deve ser porque eu sou um eterno insairfeito e sempre muito crítico comigo mesmo. Quero começar a fazer as resenhas dos livros que ando lendo. Num compacto, foi mais ou menos assim.

Como vencer na vida mesmo sendo um bosta - Meu tio me deu ano passado. Livro fininho, do Caceta e Planeta - entende-se, sem conteúdo - Cheguei a conclusão de que posso escrever um livro também. Todo vaizo, e sem nexo. Assunto interessante e mal abordado. Uma ou outra piada boa. A charge do coco do cavalo do bandido querendo intimar um rato foi boa.

Mitologia ao alcance de todos - Ai como eu gosto de aprender coisas diferentes. Esse livro foi muito bom. Estava na minha estante fazia uns 4 anos (trouxe de BH, que uma amiga da minha irmã esqueceu comigo). saber que remédios Afrodisíacos tem relação com Afrodite a Deusa do amor, e que Via Lactea, tem esse nome por causa do leite da esposa de Zeus e do Hercules que faz jorrar até o firmamento, foram algumas das coisas interessantes que eu aprendí. Amo cultura geral.

Revolução dos Bichos - Quando eu tinha 17 anos, minha professora deu este livro pra metade da turma ler, e a minha metade pegou "admirável mundo novo". Então resolvi ler ele. Foi numa sentada. Super livro, super crítica social. Fantástico.

Mãos de Cavalo - Uma surpresa muito bem vinda no ano. O autor gaúcho Daniel Galera é mesmo sensacional. Não gostei do final realmente, mas entendo os motivos do autor. A cena em que tem a perseguição do personagem principal para ajudar o garoto chegou a tirar o meu fôlego. Um gênio da narrativa. fascinante.

Ou Clavículas - Selo do mesmo autor do Mãos de cavalo. Livrinho meia boca. Cheio das pornografias e idéias politicamente incorretas. Nada parecido com Nelson Rodrigues, é outro estilo. Não bate com o meu, e me incomodou eu ter que ler meia página até entender o contexto de cada conto, e demorar para saber sempre quem era o personagem principal. Aquele conto que fala do detetive beira o ridículo. Uma cópia discarada do "Ed Morte" de Veríssimo. Se ele tivesse feito uma homenagem eu teria gostado, porque o texto possui muita graça mesmo. Mas se apropriar de um personagem consagrado é foda.

Contos de oficina - To terminando. Daí falo quais os melhores contos.

Assassinato na Academia Brasileira de Letras - Depois de ler o Galera, acabei achando o Jô um canastrão da investigação. O personagem principal era vago, não tinha como a gente torcer pra ele não morrer uma vez que o carisma dele é zero. As pistas são horrorosas, e o final e a desculpa para os crismes beira o bossal. Um atentado violento aos livros de investigação. Com excessão de que tinha uma ou outra tiradinha boa, ele é com certeza o pior livro dos 3 últimos romances investigativos do Jô. Tomara que ele melhore da próxima vez.

A Voz das Estrelas - Livro sobre a história do Clube de Criação de São Paulo. Bacana. Direção de arte belíssima, cuidadoso e caprichadamente feito. Gênial o retrato de uma época. Novamente deu vontade de ter nascido na década de 70 para ter curtido o BUM da década de 80, e participado ativamente da invenção de uma linguagem que a gente usa até hoje. Os caras eram fodas mesmo. Hoje em dia tem cada um que nem sabe pra que veio. Este livro tava entrevado no canto do meu quarto a uns bons 5 meses. Felizmente tomei coragem de terminá-lo. Valeu a pena.

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